A vida tem dessas coisas, né?! De puxar o tapete quando a
gente está distraído. De tirar a cadeira exatamente no momento que nos
preparamos pra sentar. Porque eventualmente não importa o quão preparado você
esteja ou o quanto de experiência acumulou para chegar ali e fazer tudo da forma
correta: o destino prega peças, e se o universo não conspira a seu favor, não
se preocupe, nada vai dar certo.
O que me causa desconforto e um grande sentimento de
desamparo é saber que a mãe da oportunidade é a sorte, e não o mérito. O
mérito, talvez seja o pai, tudo bem, porque é claro que em algumas ocasiões ele
te salva, mas um olhar um pouco mais atento, indubitavelmente vai te fazer
perceber que sem a sorte a gente não dá nem o primeiro passo, muito menos
consegue seguir a diante, e menos ainda, tem a graça de alcançar o objetivo
esperado.
Onde se compra sorte? Como é que a gente pode conseguir um
potinho? Dá pra fazer estoque e usar de vez em quando, ou é perecível?
Do jeito que as coisas estão por aí, acho que é melhor
largar a faculdade, parar de fazer esses milhares de cursos inúteis e fugir das
balelas que nos empurram, de goela abaixo, de que a melhor maneira pra chegar
onde se quer é capacitando-se cada vez mais. Ao invés disso, é mais fácil sair
por aí procurando alguma tribo indígena que plante sorte. Pra eles, pode ser
que signifique só uma planta, mas aqui na cidade, é diferente. Um punhadinho de
sorte pode te garantir trabalho, salário e carreira. Por outro lado,
entretanto, a falta dela te conduz para além do fracasso, na grande maioria das vezes.
Matheus Fonseca Pinheiro
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