sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Hipocrisia de Reveillon !



Hoje, dia trinta de dezembro, penúltimo dia de 2011, vejo alguns amigos e familiares fazendo planos para o ano que chega. Os pedidos não são diferentes dos que suplicam as demais pessoas, e se repetem mais uma vez como um mantra imortal, evidentemente inalcançável, proferido em todo fim de ano.
E é sobre isto que retrato estas poucas palavras.
Porque ainda se pede PAZ? Em uma sociedade intolerante política, econômica, social e religiosamente, na qual a polícia, incompetente e corrupta, que tem o simples dever de nos defender, acaba por nos oprimir e nos desamparar diante das atrocidades presentes no cotidiano.
Como orar por AMOR? Enquanto os parricídios ainda fazem vítimas no seio familiar; enquanto a concentração, de renda e de terra, ao passo que custeiam Iates e cassinos de luxo, determinam a miséria da população subsaariana; e enquanto for pertinente a afirmação do Eça de Queiroz que diz “Dói mais uma dor de dente que uma guerra na China”.
Para quê clamar por FELICIDADE? Se a sua verdadeira essência nem sequer foi descoberta pelos indivíduos que relacionam-na ao dinheiro e a obtenção de bens materiais. O Thalma, como chamam os gregos, é um sentimento puro alheio a qualquer tipo de ambição fútil.
Em suma, nem a tão sonhada ESPERANÇA deve vigorar, de modo que, tudo o que foi exposto acima será imutável ao menos enquanto :
  • As Coreias não forem unificadas,
  • Israelenses e palestinos não se cumprimentarem pacificamente,
  • Crianças africanas ainda morrerem de fome,
  • O modo de produção mundial corromper o ser humano.
  • A força bélica determinar poder,
  • E a potência econômica do titio Obama exercer o monopólio e dar as cartas, no que tange às decisões desta grande bola azul, que gira... 
    ao passo que o universo entra em decadência.

    Matheus Fonseca Pinheiro