domingo, 20 de novembro de 2011

Discrepância do Destino!


Um dia esses nossos desencontros ainda vão nos surpreender, pode apostar.
A nossa história sempre foi desajeitada e imperfeita, e o momento atual evidencia claramente essa afirmação.
Há tempos eu vinha tentando te provar que você não merecia se submeter à falsas desculpas, mentiras e traições, porque havia, bem ao seu lado, um cara cheio de sorrisos e com o coração palpitante, louco por um simples beijo seu. Mas parecia que quanto mais eu me aproximava de ti pra te fazer encontrar a verdadeira felicidade, mais você se contentava com as lágrimas de crocodilo que iludiam seus sentimentos, e se afogava sozinha no oceano infinito da comodidade.
Tinhamos o mundo a nosso favor, mas inércia te fez abdicar.
Eu desmoronei, mas me conformei logo, afinal, coragem nunca foi o seu forte!
Bom, me distanciei pra respeitar a sua escolha e sobrevivi.
(…) Agora que eu encontrei alguém que me faz cafuné durante os filmes, que sabe dar valor aos meus romantismos bobos e que satisfaz meu coração de forma impressionante e mágica, você reaparece assim, de paraquedas, linda, livre, sorridente e corajosa, do jeitinho que eu sonhava, me dizendo que eu tinha razão em tudo e que ainda dá tempo de reparar as discrepâncias do destino?
Me desculpe, mas é tarde de mais. Chorei horas sem parar pra me despir de conceitos que envolviam você; Tive que reinventar todas as minhas trajetórias pra não correr o risco de me perder lembrando a cor dos teus olhos; restabeleci completamente as minhas prioridades, excluindo o cheiro, inconfundível, da tua pele do meu catálogo olfativo; Encontrei, por fim, alguém que me ama de verdade, me admira, me respeita, retribui meus carinhos, me abraça forte suspirando ao meu ouvido, e me beija com uma paixão de dar inveja.
Me perdoe a franqueza, mas não vale mais a pena arriscar por nós dois, afinal, sempre fomos bonecos de pano nas mãos desse destino desajeitado.
Deixe as coisas como estão e o futuro dá conta de pôr, tudo no lugar.
Como diria o mestre Vitor Quintan “O tempo não cura as feridas, mas alivia a dor e embaça a memória”.
Talvez tenha que ser assim... um sonho frustrado e, mais tarde, até esquecido.

Matheus Fonseca Pinheiro