domingo, 23 de junho de 2013

Quarta Lei de Newton !


...dedicado à "Paulista"

Eu deveria ter ouvido a minha mãe, quando ela disse que ‘amor de praia não sobe serra’. Paixão de carnaval não preenche coração - isso é Capitolina. Ao som de axé, em Ouro Preto, você foi só mais um garoto bonito que eu beijei, mas hoje, para o bem ou para o mal, a história é completamente diferente ...

Eu não poderia imaginar naquela noite, que estaria de quatro por você alguns meses depois - acredite, se eu soubesse, não teria te dado a mínima condição. Mas rolou um lance, um clima, cê sabe, e eu deixei pra ver no que ia dar. Tempos depois, cá estamos nós, de volta ao Rio de Janeiro, com algumas pendências e discrepâncias que nos fazem extremamente diferentes, mas, por outro lado, com corpos e olhares tão sincronizados que mesmo agindo, às vezes, dessa sua maneira idiota, eu não consigo te mandar embora.

Coerência não é o seu forte, né?! Já percebi. Você diz que é pra a gente dar tempo ao tempo, que não quer se prender, e o legal mesmo é curtir o momento, mas reclama se eu pilho de ir pra Choppada com os amigos da faculdade. Não foi você mesmo, quem deixou subentendido que ninguém é dono de ninguém? De coração, eu não espero que você seja o Don Juan, e banque sempre ‘o último romântico’, mas exijo o mínimo de bom senso na hora de pôr as cartas na mesa. Comigo tem que ser jogo limpo.

Se é só da minha bunda que você gosta, tudo bem, ‘eu posso aceitar isso e o meu coração continua aberto’, como diria aquele seriado do SBT, mas não vêm na segunda feira, com aquele blábláblá de ciuminho, dizendo que eu passei o fim de semana inteiro pulando de bar em bar sem te responder no Watzap, porque, mêu, na boa, não vai colar. Tá na hora de seguir a cartilha que reza.

Você deixou escapar esses dias que, não sabe se o nosso lance vai ter futuro, porque não me vê sendo a mulher da sua vida. Eu, particularmente, tento viver sem me prender à esses tipos de pensamentos ortodoxos, mas se você realmente decidir ir embora, eu não tenho o direito de te amarrar. Claro que vai doer bastante quando eu lembrar de tudo, porque nas tardes que gente rola no quarto a sós, por debaixo dos lençóis, o universo para. Seu cheiro, seu jeito de pegar atrás do meu cabelo, meio forte, carinhoso, me olhando nos olhos, meche comigo de uma maneira mágica. Eu tô mesmo fissurada nessa sua ginga carioca, cheia de “Bixcoitos” e “DCÉ’s”.  

Se preferir ficar, a casa é sua. Vai ter tudo o que quiser de mim, e você sabe bem que eu não me entrego pela metade. Agora se, de fato, resolver encerrar as coisas por aqui, e levar embora sua escova de dente, tá tudo certo, pô: Vida que segue. Já derramei algumas lágrimas meio involuntárias ontem, pensando nisso, mas esses sentimentalismos baratos não levam ninguém a porra nenhuma. Eu sou meio orgulhosa, meio turrona, saca? (Geminianas). Mas daqui a um tempo, a gente se vê de novo, numa boa. Porque no nosso caso, meu bem, o que vale é a, tão famosa, quarta lei de Newton: Tudo o que vai, volta.

Matheus Fonseca Pinheiro

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Nada Vai Dar Certo!


A vida tem dessas coisas, né?! De puxar o tapete quando a gente está distraído. De tirar a cadeira exatamente no momento que nos preparamos pra sentar. Porque eventualmente não importa o quão preparado você esteja ou o quanto de experiência acumulou para chegar ali e fazer tudo da forma correta: o destino prega peças, e se o universo não conspira a seu favor, não se preocupe, nada vai dar certo.

O que me causa desconforto e um grande sentimento de desamparo é saber que a mãe da oportunidade é a sorte, e não o mérito. O mérito, talvez seja o pai, tudo bem, porque é claro que em algumas ocasiões ele te salva, mas um olhar um pouco mais atento, indubitavelmente vai te fazer perceber que sem a sorte a gente não dá nem o primeiro passo, muito menos consegue seguir a diante, e menos ainda, tem a graça de alcançar o objetivo esperado.

Onde se compra sorte? Como é que a gente pode conseguir um potinho? Dá pra fazer estoque e usar de vez em quando, ou é perecível?

Do jeito que as coisas estão por aí, acho que é melhor largar a faculdade, parar de fazer esses milhares de cursos inúteis e fugir das balelas que nos empurram, de goela abaixo, de que a melhor maneira pra chegar onde se quer é capacitando-se cada vez mais. Ao invés disso, é mais fácil sair por aí procurando alguma tribo indígena que plante sorte. Pra eles, pode ser que signifique só uma planta, mas aqui na cidade, é diferente. Um punhadinho de sorte pode te garantir trabalho, salário e carreira. Por outro lado, entretanto, a falta dela te conduz para além do fracasso, na grande maioria das vezes.

Matheus Fonseca Pinheiro