quinta-feira, 28 de julho de 2011

"História da Carochinha" (O balaio de gato)


Relato, estupefato, um fato pacato, acharam no mato um balaio de gato.
O pato e a pata de pé no sapato partiram pra ponta pontuda do penhasco, publicando pro povo um problema novo: 
“Os felinos fugiram da casca do ovo!”
 Um falcão, de prontidão, fez a organização da comissão: No ar, o gavião; no mar o tubarão; o jaguar ia no chão, a se guiar pela valentia do leão. Unidos por rugidos em sua comunicação, procuravam os desaparecidos com a ajuda da população. A formiga e sua antiga amiga; o macaco de suvaco na barriga; o elefante saltitante da caverna; e o gigante hipopótamo sem perna. O tucano baiano com plano no pano e seus mano: Beltrano, Fulano e Ciclano, faziam experiências com propil, metil, butil e pentil, e misturavam propano e metano na catapulta, que pariu.
Todo mundo padeceu nesta caça, mas no fundo se esqueceu da garça. Tal ave, de complô com a cegonha, os filhotes lhe entregou por um pedaço de pamonha (que vergonha).
Agora, na hora da aurora, a fauna chora porque a lei vigora: 
“Os que amamos, sem demora vão embora!”
Voa, voa cegonha boa... distante, num rasante sobre a lagoa. Voa pro mundo real, banal, desigual e canibal, onde os gatinhos serão só gatinhos e o conto surreal terá seu tão esperado ponto final.

Matheus Fonseca Pinheiro

4 comentários:

  1. IUAEUIEUAIEUIAEUAIE'
    Gostei! Achei engraçado e bem bolado! Consegui rir um bocado!
    Tenho vontade de conseguir escrever assim, mas não sei porquê é tão difícil pra mim! Talvez um dia eu consiga. Faz parte da vida! Vou tentando, errando e - quem sabe - acertando.
    Tentei escrever um comentário no estilo do texto citado, mas acho que foi falho. Palhaço! (ou não)

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  2. Ah, você é demais, Fabrício Morais!
    O comentário tá perfeito... Só você pra tê-lo feito!

    Grande abraço... seu Palhaço! kkkkkk

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  3. me mijei na '' catapulta, que pariu ! '' HEIUAHIUEA ficou maneiro !

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  4. Hahahahaha realmente muito interessante,devo dizer,é um conto marcante.È Deus,só podia ser um conto do Matheus,um estudante de economia que sabre tudo sobe poesia.

    Meus Parabéns meu grande amigo, aqui eu não rimo, eu apenas elogio pelo belo texto e a grande criatividade.

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