Hoje, dia trinta de
dezembro, penúltimo dia de 2011, vejo alguns amigos e
familiares fazendo planos para o ano que chega. Os pedidos não são
diferentes dos que suplicam as demais pessoas, e se repetem mais uma
vez como um mantra imortal, evidentemente inalcançável, proferido
em todo fim de ano.
E é sobre isto que
retrato estas poucas palavras.
Porque ainda se pede
PAZ? Em uma sociedade intolerante política, econômica, social e
religiosamente, na qual a polícia, incompetente e corrupta, que tem
o simples dever de nos defender, acaba por nos oprimir e nos
desamparar diante das atrocidades presentes no cotidiano.
Como orar por AMOR?
Enquanto os parricídios ainda fazem vítimas no seio familiar;
enquanto a concentração, de renda e de terra, ao passo que custeiam
Iates e cassinos de luxo, determinam a miséria da população
subsaariana; e enquanto for pertinente a afirmação do Eça de
Queiroz que diz “Dói mais uma dor de dente que uma guerra na
China”.
Para quê clamar por
FELICIDADE? Se a sua verdadeira essência nem sequer foi descoberta
pelos indivíduos que relacionam-na ao dinheiro e a obtenção de
bens materiais. O Thalma, como chamam os gregos, é um sentimento
puro alheio a qualquer tipo de ambição fútil.
Em suma, nem a tão
sonhada ESPERANÇA deve vigorar, de modo que, tudo o que foi exposto
acima será imutável ao menos enquanto :
- As Coreias não forem unificadas,
- Israelenses e palestinos não se cumprimentarem pacificamente,
- Crianças africanas ainda morrerem de fome,
- O modo de produção mundial corromper o ser humano.
- A força bélica determinar poder,
- E a potência econômica do titio Obama exercer o monopólio e dar as cartas, no que tange às decisões desta grande bola azul, que gira...ao passo que o universo entra em decadência.Matheus Fonseca Pinheiro
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