Um dia esses nossos
desencontros ainda vão nos surpreender, pode apostar.
A nossa história
sempre foi desajeitada e imperfeita, e o momento atual evidencia
claramente essa afirmação.
Há tempos eu vinha
tentando te provar que você não merecia se submeter à falsas
desculpas, mentiras e traições, porque havia, bem ao seu lado, um
cara cheio de sorrisos e com o coração palpitante, louco por um
simples beijo seu. Mas parecia que quanto mais eu me aproximava de ti
pra te fazer encontrar a verdadeira felicidade, mais você se
contentava com as lágrimas de crocodilo que iludiam seus
sentimentos, e se afogava sozinha no oceano infinito da comodidade.
Tinhamos o mundo a
nosso favor, mas inércia te fez abdicar.
Eu desmoronei, mas me
conformei logo, afinal, coragem nunca foi o seu forte!
Bom, me distanciei pra
respeitar a sua escolha e sobrevivi.
(…) Agora que eu
encontrei alguém que me faz cafuné durante os filmes, que sabe dar
valor aos meus romantismos bobos e que satisfaz meu coração de
forma impressionante e mágica, você reaparece assim, de paraquedas,
linda, livre, sorridente e corajosa, do jeitinho que eu sonhava, me
dizendo que eu tinha razão em tudo e que ainda dá tempo de reparar
as discrepâncias do destino?
Me desculpe, mas é
tarde de mais. Chorei horas sem parar pra me despir de conceitos que
envolviam você; Tive que reinventar todas as minhas trajetórias pra
não correr o risco de me perder lembrando a cor dos teus olhos;
restabeleci completamente as minhas prioridades, excluindo o cheiro,
inconfundível, da tua pele do meu catálogo olfativo; Encontrei, por
fim, alguém que me ama de verdade, me admira, me respeita, retribui
meus carinhos, me abraça forte suspirando ao meu ouvido, e me beija
com uma paixão de dar inveja.
Me perdoe a franqueza,
mas não vale mais a pena arriscar por nós dois, afinal, sempre
fomos bonecos de pano nas mãos desse destino desajeitado.
Deixe as coisas como
estão e o futuro dá conta de pôr, tudo no lugar.
Como diria o mestre
Vitor Quintan “O tempo não cura as feridas, mas alivia a dor e
embaça a memória”.
Talvez tenha que ser
assim... um sonho frustrado e, mais tarde, até esquecido.
Matheus Fonseca Pinheiro
Excelente meu amigo... Parabéns o/
ResponderExcluir