Hoje eu tenho um quilo de amigas que namoram o mesmo
cara há anos e se dizem felizes e satisfeitas por ainda fazer par com aquele
menino que conheceram no ensino médio. Que tédio! 5 ou 6 anos se passaram e
mesmo depois de tantas mudanças, brigas e insatisfações, elas continuam
estagnadas, com eles, e nunca ousaram viver outras paixões. Não me levem a mal,
garotas, mas as palavras do meu pai aqui, vem muito a calhar:
“Se o seu
primeiro namorado te comeu bem, é com ele que você vai querer casar.”
Eu não espero que concordem comigo, mas no fundo sei
me dão razão. É meio inconsciente tudo isso, eu sei, mas não tem solução. Salvo
raríssimas exceções, na prática é assim que acontece: O cara ‘mata a cobra e
mostra o pau’ e ela nunca mais esquece. Tá aí, pronto, isso já basta pra uma
menina sonhadora e recém iniciada sexualmente se imaginar 20 anos depois,
viajando pra Búzios com o ‘dito cujo’ e seu casal de filhinhos bonitinhos,
loirinhos e bem comportadinhos, no banco de trás de um desses novos
Cooperzinhos.
Obviamente, as queridas leitoras a essa altura do
campeonato já devem estar dizendo que eu sou um tremendo insensível. Um boçal. Um
cara que não acredita no amor verdadeiro, que não crê naquele lance de almas
gêmeas, e o escambáu! É, de fato eu não acredito em alma gêmea e esses
blábláblás todos que tentam nos vender na novela das 8, mas o amor existe sim,
é claro, só não precisa ser tão afoito. É no mínimo incoerente aceitar que alguém
encontra seu par perfeito (se é que isso existe) aos 15 anos, com zero de
experiências amorosas e nenhum conhecimento da vida e do mundo. É meio apelação...
mas serve de justificativa àqueles que não alçam voos de gavião. Tá, mas o que
seria isso então? – pergunta minha amiga nanica – Resposta: Amor de pica,
querida, #ficaadica!
O problema, diga-se de passagem, é quando batem os
momentos de dúvida, recorrentes em quaisquer relacionamentos. Quem não
construiu um namoro embasado em franqueza e maturidade, acaba caindo em gravíssimos
questionamentos. Tipo: e se eu mudar a marca do leite? - Leite que faz bebê - Será
que Parmalat é melhor que Elegê? Será que com aquele moreno da academia que
pega 80 no supino seria melhor do que com o meu namorado franzino? São
perguntas que nunca vão se calar...
Depois dessa explanação elas vão ficar loucas! Vão me xingar e
fazer questão de gritar: Mentira, eu só sinto desejo pelo meu namorado! - Tá
ok, combinado. Pra algumas eu até acredito, mas isso reforça ainda mais a
teoria do meu velho, O Mito. Não tem pra onde correr, amigos, ele falou: Tá
falado. E vocês aí, moçoilas, que só transaram com um cara na vida: Tomem muito
cuidado. A teoria é forte, comprovada empiricamente, reincidente nas melhores
famílias: Passa de avós pra mães, e mães pra filhas...
Bom, antes que me crucifiquem, vou terminar a prosa
dizendo que o texto não passa de pura bobagem. Não acredito de fato em
nada que escrevi aqui, é só insight de blogueiro, pura viagem. No frigir dos ovos, o
amor não escolhe raça, cor, nem idade. Foi apenas uma brincadeirinha, relaxem, sem
maldade; mas os fortes entenderão que toda brincadeira tem um fundo de verdade.
Matheus Fonseca Pinheiro
Achei sensacional o seu texto! Parabéns pelo blog.
ResponderExcluirSensacional e muito verdadeiro. Seu pai (que deus o tenha) sabia bem o que falava. Ainda ouso dizer que nem precisa ser lá uma pica tão boa assim pra gente começar a fantasiar... Mas quando encontramos aquela, que nos deixa bamba uhhuuuu... bate e fica pra sempre. Eu sou de mimimi ou frescuras, sou do time dos fortes..Risos
ResponderExcluiròtimo, não mentiu em nada, é assim que as coisas funcionam mesmo, quando vc. encontra O CARA, PUTS, VC. TA PERDIDA.Dificil de sair fora, é muito bom mesmo
ResponderExcluirQue delicia de linguagem
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