“Eu me contentaria só
com teus lábios, mas você quis me mostrar que ia além disso:
Eram dentes e unhas, ou
mordidas e arranhões, respectivamente; e no cenário improvisado do
meu quarto escuro você me revelava os teus segredos mais
excêntricos.
Cada botão da minha
camisa que você desabotoava, seu sorriso aumentava uma polegada, e
cada vez que você sorria pra mim meu coração tinha ataques
epiléticos involuntários.
A trilha sonora era
perfeita também; um suave instrumental de Jazz me fazia deslizar
mais levemente em tua pele de pétala, doce como pólen.
Eramos nós, nus.
Você era toda amores,
arrepios, coxas, pescoços e cabelos,
e eu era ingenuamente barba,
sussurros, mãos e calafrios.
Eramos nus, em nós."
Matheus Fonseca Pinheiro
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