quinta-feira, 21 de julho de 2011

NÓStaugicamente


Eu sei que aquele dia você também me viu, e tenho certeza que desviou o olhar de mim para que o seu namorado novo não percebesse a intensidade em que seus olhos, marejados de saudade, me fitavam, incessantemente. Não adianta negar que seu coração foi a mil quando, depois de tantos anos, você enxergou alí, que eu continuo o mesmo adolescente inconsequente e idiota pelo qual você se apaixonou. Foi difícil pra mim também, não ter ido ao teu encontro pelo menos pra dizer “oi”, e tocar nos teus cabelos pra saber se a textura deles continua inconfundível.
Mas eu entendo... tinha de ser assim, né?! … é o tal do destino.
Acho que o problema da gente, foi que tudo acabou rápido, sem muitas explicações e sem mágoas pra ninguém (principalmente); terminamos sem sentir ódio um do outro, e isso não é bom para o fim de um relacionamento. Semana passada quando você me viu, e eu também te ví, renasceram em nossas mentes todas as mais lindas recordações de um tempo onde tudo girava mais devagar, e éramos livres. Hoje, sem rancor nem cicatrizes, só nos lembramos do quanto era bom o nosso romancezinho, e cogitamos a hipótese, remota, de que poderia ter sido melhor ainda.
A saudade vai ficar... ah, vai. Ela sempre fica.
“Mas para nós, ficará como souvenir de um conto mal acabado, escrito com giz.
Ou como uma história sem aquela frasezinha para acabar... final feliz.”

Matheus Fonseca Pinheiro

2 comentários:

  1. aaahh, eu gostei (:
    De verdade mesmo, me amarro nos seus textos, mas esse foi o que eu mais curti ^^
    Parabééns cara!

    abraçoo!

    ResponderExcluir