Juro que se ela tirasse
a roupa naquela hora, eu a pediria em casamento... Mas ela prefiriu
ser mais sutil e me propôs um brinde: Um brinde à nossa fiel e
duradoura AMIZADE.
' Comentários à
parte, eu só não entendi por que, em plena sala de estar do seu
apartamento, (estando nós dois sozinhos) ela pôs pra tocar
“Remember” do Richie Kotzen apenas para brindar à nossa amizade
fraternal e eterna? Não sei quanto a você, mas eu não acho que seja
o clima e o lugar apropriado para celebrar afeições amigáveis (Qualquer cara se apaixonaria), a
menos que o tal amigo seja gay. Como não é o caso, continuarei meu
relato frustrado: '
Era um vinho italiano
da safra de oitenta e quatro, se não me falha a memória. Ela estava
deslumbrante num vestido branco estampado, e eu desajeitado como
sempre, no meu antigo suéter cinza. Ela sorria, me contando as
novidades e eu me encantava, perdidamente, pela cor dos seus olhos.
Não me lembro de algum dia ela ter dado esperança às minhas
fantasias eróticas, mas ainda assim eu fantasiava (e como
fantasiava). Foram duas horas e trinta e sete minutos de uma conversa
própria de dois grandes amigos: Trabalho, viagens, cinema e
recordações antigas. Após quatro ou cinco taças de vinho, nos
despedimos calorosamente, e eu fui embora meio confuso, meio
atordoado, mas completamente decidido em revelar para ela, algum dia,
minha verdadeira identidade: admirador secreto da melhor amiga.
Matheus Fonseca Pinheiro
Serve ao contrário tbm, né? haha
ResponderExcluirCurtiiiiiii muito! :)