Muito me irrita ver
alguém falar mal do meu país. E fico ainda mais indignado quando
quem fala não tem nenhum embasamento teórico sob as acusações que
faz e nem fundamenta seus argumentos de forma coerente.
(Isso é assunto pra
muitas linhas, mas tentarei ser breve expondo apenas algumas formas
de raciocínio minhas)
É inegável que a
corrupção no Brasil é digna de vergonha; que a saúde e a educação
vão muito mal das pernas; que a justiça é falha e desigual; e que
pra qualquer transação irregular existe o “jeitinho brasileiro”
(e eu não me orgulho disso). Entretanto, é necessário ressaltar
que não se pode julgar nossa nação, comparando-a com outros países
bem mais desenvolvidos, sem antes averiguar alguns pontos
pertinentes:
Como comparar os países
europeus com o Brasil?
Nós só temos pouco
mais 500 anos de existência, enquanto eles escreveram, com os
próprios punhos, a história do planeta.
Em 1517 enquanto a
gente trocava pau-brasil por espelhinhos na colonização, a Europa
se levantava numa Reforma Protestante, contestando a estrutura e os
dogmas de uma igreja católica pecadora; Quando em 1688 nós
plantávamos cana-de-açúcar com mão de obra escava, a Inglaterra
fazia a Revolução Gloriosa, que punha fim ao absolutismo no país;
Vejo gente dizendo: “brasileiro não sabe lutar pelos seus
direitos, se fosse na França...” blá blá blá … Pois bem, na
França, no século XVIII, mais precisamente entre 1789-1799, com o
lema de “liberdade, igualdade e fraternidade”, o povo extinguiu
uma forma antiga de sociedade com instituições feudais, derrubando
uma monarquia absolutista e instaurando uma república. E quanto a
nós aqui, fracassávamos na Inconfidência Mineira e enforcávamos
Tiradentes no Largo da Lampadosa, no Rio.
Os tempos históricos
são iguais, mas refletem realidades muito diferentes. O Brasil é um
recém-nascido diante das “adultas” potências mundiais que, por
sua experiência de vida, dominam facilmente as gerações mais
jovens.
- Por isso, eu honro o
meu coração verde e amarelo, assumo os defeitos e as falhas do meu
país e me esforço, junto com as pessoas mais próximas de mim, para
que sejamos algum dia um pouco menos corruptos, subordinados e
individualistas.
EU ACREDITO NO BRASIL!
O povo da
solidariedade. Com o sorriso do carioca, a inteligência dos paulistas, a
serenidade dos baianos e a força e garra dos nordestinos.
EU NÃO FUJO DA LUTA!
Tem uma parte do hino
que me arrepia e me emociona toda vez que é cantada: “Mas, se
ergues da justiça a clava forte, verás que um filho teu não foge à
luta, nem teme quem te adora a própria morte, terra dourada.”
EU TENHO ORGULHO DA
MINHA PÁTRIA!
Um dia, apontaremos
sim, como grande potência econômica, e discutiremos de igual pra
igual, com os donos do mundo.
E pra quem canta: “Que
país é esse?” …
Eu respondo: É o MEU ... É o SEU ... É o NOSSO!
“Dos
filhos deste solo és mãe gentil, pátria amada, Brasil!”
Matheus Fonseca Pinheiro
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